terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Balanço do Mês - Jan/13

Olá! Eu assino aqui meu atestado de incompetência, pois eu consegui atrasar em 20 dias esse post. 


Dessa vez eu fiz com um formato diferente. Espero que gostem!




Livros lidos:

  • O Torreão - Jennifer Egan (+)
  • O Despertar do Vampiro - Nazarethe Fonseca (+)
  • Vampiros em Nova York: Os Primeiros Dias - Scott Westerfeld (+)
  • A Senhora da Magia - Marion Zimmer Bradley (+)
  • A Grande Rainha - Marion Zimmer Bradley (+)
  • O Gamo-Rei - Marion Zimmer Bradley (+)
  • O Prisioneiro da Árvore - Marion Zimmer Bradley (+)


Lerei em Fevereiro:
  • Carta ao Pai - Franz Kafka (+)
  • A Sociedade do Anel - J. R. R. Tolkien (+)
  • Coração de Tinta - Cornelia Funke (+)
  • A Morte da Luz - George R. R. Martin (+)
  • Cotoco - John Van De Ruit (+)
  • A Cor da Magia - Terry Pratchett (+)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Resenha: O Torreão - Jennifer Egan


Título: O Torreão (The Keep)

Autor: Jennifer Egan

Tradutor: Rubens Figueiredo

Páginas: 238

ISBN978-85-8057-190-5

Editora: Intríseca




Sinopse: Na Europa Oriental, um misterioso castelo resistiu a centenas de anos, apoiado no orgulho e na tradição de uma família. Até que Danny, um cínico nova-iorquino de trinta e seis anos que raramente vai a algum lugar que não tenha conexão wi-fi, chega para ajudar seu enigmático primo a reformar o castelo e transformá-lo em um hotel de luxo.
(Não colocarei aqui a continuação da sinopse pois trás algumas pequenas (e desnecessárias) revelações do enredo. :)


Vou levar como bom presságio o fato desse ter sido o primeiro livro que eu li no ano. Poderia resumir essa resenha nas seguintes palavras: Simplesmente fantástico. Leia. E o resto é apenas encheção de linguiça.


Como começar a falar sobre essa preciosidade? A forma que o livro é narrado é simplesmente GENIAL. Quem já leu (até o fim) vai saber do que eu estou falando. A história do livro não é apenas a história da sinopse. Nós conhecemos também o narrador. Isso mesmo, o livro é narrado na terceira pessoa, naquele estilo de narrador onisciente, a diferença nesse caso é que é mostrado também quem é o narrador. Essa meus queridos, foi uma jogada FANTÁSTICA. Mas só se entende completamente com o desenrolar das histórias (mega spoiler). O livro inteiro é cheio de tiradas sarcásticas e inteligentes, por isso eu não separei citações, parei quando percebi que estava grifando alguma coisa em quase todas as páginas. 



Quanto ao Danny... Eu acabei me apegando bastante ao Danny, talvez por ele ser tão real. Ele é um fracassado, a típica estrela de futebol do colégio que teve seus dias de gloria na adolescência e pronto, tudo de bom aconteceu ali. Mas também vimos como ele não gosta de ficar o tempo todo pensando naquela época, não é como se ele fosse um iludido total. Ele também personifica de forma bem legal toda essa dependência pela tecnologia. as partes em que ele reclama da sua falta de contato com o resto do mundo é em parte hilária, parte trágica, pois eu sei que na situação dele eu me sentiria tão perdida quanto - ao menos no inicio- e isso é triste.


Achei meio difícil de acreditar que ele tivesse 36 anos, porque as vezes ele age de forma bastante imatura. Outro fato interessante é que ele vai ajudar seu primo na construção do castelo, não por boa vontade, e sim por não ter escolha mesmo, pois se envolveu numa confusão em Nova York e precisava sair de lá. Por causa disso ele simplesmente agarrou essa oportunidade sem fazer muitas perguntas. E quando ele está lá. sozinho, num castelo num fim do mundo, ele começa a se perguntar: por que chamaram ele afinal? E as respostas que ele cria não são muito felizes. Psicologicamente falando. Mas não posso me estender muito nisso por causa dos malditos spoilers.



Seu primo Howard é seu exato oposto. Um loser na infância, passando até por reformatórios, quando adulto fez fortuna e agora é rico e bem sucedido. E eu adoro o Danny por não ter (muita) raiva e inveja disso. 


De qualquer forma o que eu quero dizer é o que a autora consegue deixar os personagens reais apesar de usar formulas genéricas e, por vezes, clichê. 



O cenário que a narrativa cria na sua mente é incrível  tanto a solidão gótica do castelo, quanto a dureza da prisão ( onde o narrador vive ;D). Existem mistérios a serem desvendados, incluam aqui uma dose de ação e terror e os personagens secundários (particularmente a baronesa que vive no torreão e se recusa a de lá sair) também tem seu destaque e são bem construídos. 



MAS como nem tudo é um mar de rosas, é claro de eu tenho ressalvas, ficam algumas pontas soltas no fim do livro, o destino de vários personagens ficam no ar, por isso tirei um ponto da nota. Infelizmente não posso apontar quais são minhas dúvidas, pois são puta mega spoilers. Mas posso dizer uma delas. Quando terminar, talvez você, como eu, se pergunte até onde isso é real? Talvez você comece a duvidar se algumas coisas realmente aconteceram. O que é bom (eu adoro quando o livro me deixa quebrar a cabeça), mas de certa forma bem frustrante. E quanto mais eu penso a respeito mais confusa eu fico, um verdadeiro mindfuck.


Mas, apesar dos apesares, se eu tivesse que definir esse livro em uma palavra, ela seria: INTELIGENTE. E na verdade essa é a única característica que me interessa num livro, de resto tanto faz o autor, título, capa, gênero... Virou favorito com certeza e já estou louca para reler. Quem sabe dessa vez eu entenda.